quarta-feira, 12 de maio de 2004

Emigrante

No moderado mês de Março, não apareceste
No calor Escaldante de Maio africano, também não
E muito menos na noite fria de Dezembro

Perguntei, disseram-me que emigraste
E que no estrangeiro os ossos deixaste

Advinho que foram as saudades que te atormentaram
E te empurraram para o esquecimento eterno
Longe de tudo que é teu, és um corpo anónimo
É assim, às vezes, a vã esperança de um emigrante