segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sr, Ministro Fernando Gomes: De que reforma falamos, quando falamos dos 'excedentários' da Função Pública?

Ditadura do Consenso pôs-se em campo, e deu nisto. Todos os meses a partir do dia 26, 27 juntam-se grandes filas de pessoas à porta do Ministério da Função Pública. Ora, e quem são essas pessoas? Esas são os chamados 'excedentários' da Função Pública. E o que lá fazem? Estão lá para receber... o ordenado!

Ora, se bem me lembro, o Ministro Fernando Gomes prometeu que os excedentes da função Pública “iriam para o sector privado”. Então, um projecto da União Europeia pagou a um especialista Internacional em micro-crédito que esteve cá durante 2 anos para que os excedentários formassem pequenas empresas e pequenos negócios no sitio onde moram, para, assim, sairem da Função Publica.

Agora, pergunta-se ao Ministro Fernando Gomes: Quantos funcionários sairam da Função Pública? Quantas empresas se formaram? Quantos pequenos negócios foram formados?... nada, zero, niente, kaput! Continua tudo na mesma... E esse dinheiro, foi aplicado como? Em quê, por exemplo...

Os excedentários continuam todos na mesma, bem obrigado, obrigam-nos a vir todos os meses receber ao Ministério da Função Pública, vêm de todo o lado do País, de Bolama, de Bubaque, de Catió, etc. Chega a ser desumano. Falei com uns que dizem gastar quase metade dos míseros 18.500 Fcfa...para vir a Bissau receber.

Agora, impõe-se esta pergunta: Porque é este Ministério (da Função Pública) a pagar A ESTES FUNCIONÁRIOS, e não o Ministério das Finanças - que é o responsável pelo pagamento de todos os funcionários do Estado?

Pois é... É que o dinheiro do projecto da União Europeia, paga pelo suor dos contribuintes europeus, não dá para tudo. Mas dará sempre para a reforma do senhor Ministro, ou para o senhor Ministro viajar com os seus assessores e directores gerais do seu Ministério - que tem tudo de disfunção.

Aguardo, excitado, que me responda, senhor Ministro Fernando Gomes. E a Assembleia Nacional Popular, o que dirá? António Aly Silva