quarta-feira, 6 de julho de 2011

Kaminho lalu

O tempo que nao chove, o vento que abana a palmeira que tenho em casa
Da pouca agua que cai, entram rafelgas pelo meu quarto
Ao longe as trovoadas e o ronco final delas.
Sinais furtivos de relampagos riscam o ceu
Deixam algo escrito que alguem, um sabio, um deus
Um dia ira decifrar

Nos riscos dos relampagos existem sinais de fogo
Nao tarda ate cair um raio, e mais outro e outro ainda
Sinais de fogo que queimarao mato ou capim ou ainda uma floresta outrora impenetravel
Com maior azar, gentes perderao as suas casas

Do ribombar das trovoadas, do seu ronco espasmodico
Ate as criancas lhe perderam o medo
Nao roncam como outrora.

E os relampagos continuam a brilhar
Como se a noite nao existisse

Antonio Aly Silva/2011