domingo, 21 de julho de 2013

Detenção em Bissau - José Maria Neves diz que "não havia necessidade de pedir autorização a Bissau para a extradição"


O Primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, defendeu este sábado (20 de julho) que não havia necessidade de pedir autorização às autoridades de Bissau para a extradição duma cidadã guineense. Continua o braço de ferro entre as autoridades de Cabo Verde e da Guiné Bissau, sobre a detenção há vários dias de dois agentes da Polícia Nacional caboverdiana, em Bissau, pelos Serviços de Informações da Segurança guineense. Os dois agentes caboverdianos tinham ido acompanhar uma cidadã guineense, que acabara de cumprir a sua pena de prisão em Cabo Verde por tráfico de droga e que segundo os tribunais devia ser expulsa para o seu país, Guiné Bissau. Só que Bissau disse que a guineense não foi registada nos serviços de fronteira e desapareceu e que aliás não recebeu nenhum pedido de autorização da entrada da guineense no país, por parte das autoridades caboverdianas.

Um tal pedido de autorização não era necessário, respondeu o Primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, em declarações feitas este sábado na cidade da Praia à imprensa, exigindo a soltura dos dois agentes caboverdianos: "Ninguém pode estar na prisão mais do que 48 horas, sem qualquer acusação e sem ser presente às autoridades judiciais. Tive um encontro com o Presidente Nhamadjo, e pude falar com ele sobre esta situação, como temos feito contacto, com várias autoridades sobre esta matéria. Os agentes caboverdianos foram escoltar uma cidadã guineense, portanto, não havia nenhuma necessidade de se contactar as autoridades guineenses ou de pedir autorização às autoridades guineenses; a senhora é guineense, saiu da prisão e tinha que ser escoltada até à fronteira com a Guiné Bissau, para ser liberta ao chegar à Guiné Bissau", declarou à imprensa o Primeiro ministro de Cabo Verde. RFI